sexta-feira, janeiro 30, 2009

meus caminhos

 


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quinta-feira, janeiro 29, 2009

Tango

Danço. E caio, e me envolvo. E deixo. E me revolto. E controlo. Para em seguida me descontrolar. De uma vez. E cair. No ardente choro de um desespero sem fim.

E danço. E quero. E vou. E me arrasto, com as mãos crispadas de um ódio pisoteado pelos sapatos. E sigo. E busco. E largo.

E dançando... me revolto. Me deixa. Me afasta. Me quer e me busca novamente. Naquele abraço suado e odiado. De dor. E choro. E quero. E peço. E viro. Rápido. Num colapso de não entender o ritmo da música. Que não acompanho. E choro. E desejo. E grito. E aperto contra o peito. E esfrego aquelas mãos sobre mim. E pergunto. E imploro. E me deixa.

E danço. E giro. E corro. E pulo sobre esses pés que me confundem o ser. E não sei mais. E espero. E explico. E suplico.

E danço. E volto. E não quero. E vou. E saio. E afasto. E me desespero. E perco. E deixo. E esqueço. E olho nos olhos. E afastamento. E duvido. E canso. E espreito. E sigo. E volta. E me pede. E fala. E grita. E afasta. E chama. E me perco. E me largo nesse girar e perder-se de mim mesma. E caio nessa escuridão. E quase pra sempre desisto. E quase até o fim apago de mim. E afago. E te peço.

Dança.

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sexta-feira, janeiro 23, 2009

Estava eu na minha maré desiludida, me afogando em textos acadêmicos... e aí a tecnologia serve para alguma coisa - de fato - humana.

Como por sintonia (isso sempre acontece) o Vinícius entrou no msn. E há algum tempo a gente não conversava. Chamando isso de conversa, evidentemente. Há uma coisa interessante nessas amizades profundas. É um vínculo que se faz de silêncios.

Foi legal poder ve-lo na camera da ferramenta. Acho que não o via desde o casamento. E foi bonito. Eu, de cabelo mais curto e bagunçado, ele na casa nova, barbudo e rodeado de livros. Foi engraçado como, depois de tanto tempo, e apesar de tudo, algumas coisas permanecem. Me lembrei de um trabalho que fizemos juntos e que quase surtamos. Horas e horas de icq pelas noites adentro. Ele riu de mim porque tinha que entregar coisas amanhã. Da minha pressa e da mania de perfeição. Riu também das aulas de tae-kwon-do. Disse a ele que estava treinando direitinho.

No fundo, os assuntos são sempre os mesmos. Mas há graus diferentes de sutilezas com o passar do tempo. Fala-se sempre pouco nas nossas conversa. Mas o suficiente. Senti uma saudade. Ele era sempre o amigo que cuidava de mim na faculdade. Aquele irmão mais velho e grandão que defende a gente das pessoas do mal. Apelidei ele de Sullivan - o monstro azul de Monstros SA, da Pixar. Ele em contrapartida me deu o bonequinho. Guardo até hoje.

É engraçado como é confortável a sensação de que a gente precisa - e pode - ser cuidado, sem diminuir a nossa capacidade de ser o que se é. Me lembrei de várias coisas no caminho do treino e senti o coração mais leve sabendo dessas existências silenciosas. Sinto falta dele mais perto, mas entendo as escolhas, os caminhos.

Pedi para ele ler meu texto depois. E me ajudar com umas coisas e observações mais metodológicas. O Vinícius sempre foi a minha confiança acadêmica. O único cabeção que não perdia o humor, o jeito carinhoso de tratar as pessoas (apesar dele ser super azedo). De repente me deu vontade de voltar para a USP e sentar por horas debaixo daquela árvore... e assistir a vida dali, como num filme dos anos 50. Acho que foi mais que nostalgia. Fiquei me lembrando da frase do Juliano essa semana: tirar férias emocionais. Acho que ele não tem a menor idéia do que estava dizendo. Mas fica a sugestão. Quis conseguir isso e me desligar. Viver a minha solidão silenciosa. A companhia do Vinícius me deixava confortável nessa solidão.

Fiquei rindo das minhas reflexões pensando que hoje eu sou casada, apaixonada. E de fato não vivo - nada - sozinha. Ao contrário. Vivo um arrombamento da minha solidão. Da minha - arrogante, talvez - sensação que posso viver só, apesar de estar sempre tão rodeada de gente. É quase uma fuga isso. Estar com as pessoas para não me entregar a isso. E o quanto isso me esvazia e preenche. Me desafia para um encontro ao avesso de mim.

Vivi um treino intenso. No meio dessas coisas que iam e vinham por mim. Libertei uma raiva doída. Magoada. Mas não a deixei ir de todo. Ficaram ainda essas sombras. Que se diluem em treinos futuros, em conversas debaixo de árvores e por do sol. Fiquei com raiva de mim. E foi ótimo.

Que bom que tem a camerazinha... e gente ali do outro lado.

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Há uma série de sutilezas no início de ano. Tantas promessas de coisas inovadoras, sensacionais, incríveis. Transformações de toda a ordem e uma lista interminável de realizações.

o ponto aqui é ficar sempre nessa promessa. Voltei pra casa pensando se a esperança não é um ópio (des)necessário pra gente. Uma coisa do "amanhã eu faço" na pior versão de Scarlet Ohara de "vou pensar nisso amanhã".

Essa minha pressa se mistura agora com um azedo na boca. Uma vontade de desistir. Abandonar. E parar de ficar esperando. Acreditando que as coisas ficam bem em algum momento. Tá aí uma coisa que a gente vive correndo atrás: plenitude. E o máximo que a gente tem são uns lampejos disso na vida. E o resto se vive atrás.

Passei a noite rodeando a sala e as cortinas da casa. Olhando o vento ir e vir. A companhia dos gatos quase detecta esse ser horrendo que há em mim. E um respeito mútuo das feras silencia nessa noite.

Nada. Nem os desabafos servem. Nem os choros, a verdade dita do que se sente, de como se sente. Nada afeta. E esse espelho ainda me chama de arrogante. De sensível passo a arrogante. De quem sofre e se preocupa e tenta resolver a uma "complicada" que precisa voltar para a terapia. Não dou o direito de ninguém ser como é. E sou soberba.

Vim caminhando na rua a passos bem lentos. Quase fui atropelada na frente de casa... achei graça da minha cara no meio da rua, como se buscasse a mim mesma em alguma esquina aqui perto. E acho que essa sensação de não saber mais, exatamente, quando, como e para onde estou andando me alucina. Voltei pra casa com chocolates e uma coca cola. Os gatinhos me esperavam. Os textos do mestrado. As coisas todas por fazer... e eu aqui, contemplando a grandiosidade da minha limitação, arrogante, cansada, paralizada esperando alguma coisa de não sei quem. Quem?

Lembrei das minhas promessas de início de ano. De coisas que se definham... da minha vontade de sumir numa dessas bibliotecas do mundo. Sim... eu adoro a solidão. Talvez eu seja tão arrogante que me baste nisso. Na companhia - nada silenciosa - de livros e gatos. Fiquei com saudade da praia. De coisas que ficam pra trás no tempo... e de algumas que eu ainda gostaria de viver... mas sem mais esperanças.

Talvez eu precise de mais pragmatismo e desligar o botão (alguém sabe onde fica?) da chamada sensibilidade. Hoje conhecida como birra, infantilidade, e coisas afins.

E espero. Eu mesma. Acordar.

Ou quem sabe eu mergulho de uma vez na pesquisa? talvez ela responda mais... sinta mais, dê mais, queira mais. E eu não passe mais a ser um io-io que não deve esgotar. Mas esperar. Aceitar. Compreender. Sem sentir.

Fiquei me lembrando de uma conversa com Winston na praia esse ano. "a gente precisa aceitar todas as pessoas nessa vida" ele dizia... achei um absurdo esse conformismo. Talvez isso deva se chamar maturidade. Ao menos ela não é arrogante. Talvez seja isso mesmo. Deixar passar. Inerte. Sem sentir. Só deixar. Como se não fosse comigo. E aí? não há nada melhor que a solidão se for se viver assim? sem (im)pactos...

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quarta-feira, janeiro 07, 2009

 


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segunda-feira, janeiro 05, 2009

Filó

 



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