Lembrando do Caio Fernando... EU ODEIO com maiúsculas...
Há uma lista (enorme segundo o Juliano) de coisas que eu ODEIO. Nem sei se são tantas assim, mas de fato as enxaquecas são uma delas. Ontem tiver que parar o carro num posto de gasolina antes que batesse no farol. Não conseguia enxergar mais os carros e cometi o erro de me apressar em chegar em casa. Demorei pra poder dormir, apesar de ficar sonequinha, por conta da dor. No meio daquela tocação de sinos dentro do meu crânio, fiquei pensando - é, isso mesmo, a gente pensa mais com a dor... - no que ela nos mobiliza.
Essa sensação de vulnerabilidade. De não ter - de fato - controle sobre o corpo. Desmaiei chegando em casa. Não é figura de linguagem. Caí mesmo. E me recordei dos escritos do Caio sobre a doença. É muito doido você não controlar você mesmo. E confesso que isso me apavora. Não controlar nada na minha vida de fato me deixa - quase sempre - em pânico. Sempre foi assim. Me fragiliza a idéia que as coisas acontecem independentemente de mim - e me encanta ao mesmo tempo.
Fui embalada por um carinho só meu, só do Nosso. Desses que te fazem acreditar em contos de fada. E perceber as fadas saltitando à sua volta. Fui dormir com a história das fadas, também do Caio. E sem despertar desse sonhar acordada sinto aquela presença misteriosa comigo... dele. E quase me esqueci da dor...
terça-feira, outubro 16, 2007
Postado por Srta T às 11:35 AM
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Um comentário:
ai que delícia...amar o imprevisto com medo! Me questiono há outra forma de amá-lo? temos mesmo medo da falta de controle, o que termina nos mostrando que temos mesmo medo da vida, que é cheia de imprevistos, não há controles de nada... Mas há magia dos imprevistos...tem um texto do caio que fala quando anjo bater em sua porta: "não fique tentando descobrir se seria arcanjo...Espere!"
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