segunda-feira, novembro 10, 2008

Acordei pouco mais de 4 da manhã com a habitual insônia. Levantei, tomei um suquinho de uva. Andei pela casa acompanhando os progressos da reforma. Li emails. Brinquei com os gatos.

E ainda me pego descoberta pelas sombras do passado. Essas que não querem ir. Ficam. Rodeiam o meu espírito por dentro. E escrevem. E insistem. Achei graça disso. Tenho uma pilha de caderninhos e fitas para queimar. Olho-os todos os dias consagrande esse luto. Me despeço. E vou. Sigo, sem eles e as suas delícias que machucam tanto.

E voltam. No meio do dia. Cedo no café. Me visitam. As minhocas sempre ficam aqui e ali passeando. Lagartixas verdes que saem do piso. Meu ultimato funcionou, e o desespero delas nessa agonia de quase-morrer ainda me tiram essa energia. Elas se vão, queimadas em suas estacas de madeira na semana que vem. E jogo ali todas elas, suas lembranças, batons, perfumes e risadas. Deixo-as no lugar que jamais deveriam ter saído. Diluídas no universo.

E volto para o meu cantinho, submersa nessa vida... e esse meu renascer volta feliz. Aliviado, cheio de transformações que me devolvem ao Juliano. E ele a mim. Do jeito que a gente é. O Nosso. Sem mais nós.

E espero, contando os dias do sonhar, para desancorar esses barcos fétidos do meu (a)mar.

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