Sinto falta do vento... E do jeito que ele soprava coisas tão secretas que não tenho autorização pra dividir.
Fico esperando ele soprar de novo aqui. E só trazer as coisas que ficaram lá, que não posso carregar comigo ou trazer pra dentro de casa.
Escuto as músicas do jardim e observo os prédios altos desenhados no lago. Fico esperando o ônibus passar pelos mesmos caminhos que eu tentava memorizar e repetia o trajeto nos sonhos. Lembro do cheiro dos livros e da casa me esperando pra jantar.
As meninas falando quando eu contava as minhas histórias incríveis. Comíamos enquanto eu balançava os pés do alto do banco pra aliviar o dia de caminhadas e ouvíamos juntas as risadas uma da outra. Brincava com Sheeba no jardim e ficávamos vendo as lanternas balançarem com o vento.
Olho a minha janela. Lanternas e fadinhas que não podem me trazer aquilo que ficou. Exceto pelo ralo exercício de lembrar. Que nunca é viver de novo.
quarta-feira, agosto 05, 2009
contos do vento
Postado por Srta T às 3:26 PM
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