Tenho andado de molho escrevendo... Nada de significativo exceto pelo fato de outra vez, mergulhar demais. SObre o feriado da Páscoa... melhor não dizer nada. Há tempos esse feriado não diz nada pra mim. Nem "coma chocolate pra caramba até morrer". Na verdade, eu me revolto demais com esse papo culposo da morte de Cristo. Antes de mais nada se vive há milênios, num crescente de culpa e martírio porque ele morreu. Não morreu por mim, por nós. Morreu por ele. Numa proposta de transformação e exemplificação (se assim quisermos dar o tom religioso) que não diz nada a respeito da gente. Sobre os aspectos históricos... melhor nem levantar a bola. Messias aos montes com promessas de salvação num contexto absolutamente promissor para narrativas fantásticas.
Acredito no Cristo. Mas não nesse que vejo na "semana santa". Francamente... Mas procuro entender porque as pessoas ainda precisam disso, dessa imagem de filme de terror ensanguentada e mutilada, pacificada e resignada.
O ponto é que a Páscoa é pra mim de fato um monte de dias para colocar a cabeça no lugar. E nem isso aconteceu nesse período. Ao contrário. Quase eu me deixo ir, para algum lugar nada conveniente.
Voltei do feriado sem descansar. Feliz de ter ficado perto de gente tão bacana. Mas com aquela vontade de ir embora para o meu mundo. Acho que perdi o endereço dele também.
Andei amargada esses dias. Em silêncio, querendo deixar de lado essas coisas que a gente se esforça tanto para entender e aceitar. Honestamente... cansei. É mais que uma coisinha adolescente de "estou de saco cheio do mundo". Ao contrário, trata-se, acredito, de priorizar o que eu quero de verdade me preocupar. Onde quero depositar meu foco de transformação e inquietação. É quase um ligar o "F" de forma profissional. Sem apegos ou crises de "não vá embora" "não faça isso", "não isso", "não aquilo"...
E é com todos. Tenho olhado as pessoas ao meu redor e pensado que todos nós temos os nossos "querer e poder". E nem sombre podemos. E o que eu tenho com isso? Nada... É um crescer de respeito dentro de mim. De aceitação. E de não esperar mais pelas pessoas. É, de fato isso pode parecer muito arrogante. Mas não é... e quem pensar ao contrário. Ok.
domingo, abril 15, 2007
Postado por Srta T às 8:56 AM
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