domingo, abril 15, 2007

Ontem reencontrei o Vinícius. Depois de quase dois meses após a sua defesa de mestrado. É engraçado sentir que uma pessoa faz parte assim da sua vida mesmo se você fica todo esse tempo sem ver. Eu tenho reclamado. Sim. Há tempos que a gente não se vê com frequência e meus impulsos leoninos de apego aos grandes amigos não compreende a frase clássica da modernidade "a vida tá uma loucura". Ridículo. Principalmente por que eu repito isso com frequência às reclamações dos meus amigos.

Foi um reencontro curioso. Eu, Max, Vinícius... se reconhecendo ao longo de um processo de 10 anos de convivência - e testemunhos - interessantes. Eu tenho muito amor por eles. Admiro-os como homens, como pessoas, amigos, namorados. Acho bonito vê-los ao lado das queridas.

E por vezes, em meio a uma, duas cervejinhas... fico ali, em silêncio comigo agradecendo pelas presenças... Ontem eu quis ir sozinha nesse churrasco. Estava com uma vontade de sumir do mundo. Mas o Juliano insistiu para ir comigo, fazer companhia e essa coisa toda de casal que a gente cultiva - e que é super bonito. Eu quase disse não. Tenho vivido um esforço de dizer os meus nãos sem parecer campanha feministas brega e despolitizada. Na real... eu tenho tido vontade de ficar cada vez mais sozinha. E isso não tem nada a ver com ele. Nem com mais ninguém...

Fomos e eu entrego as chave do carro demodo habitual. Não quero dirigir com ele mesmo dando pitacos ou se contendo pra isso. Não preciso. Tenho evitado confrontos de infantaria. Chegamos lá e eu com mil minhocas na cabeça sobre meus exames médicos. Quando a gente convive com alguém não se pode mesmo esconder nada. Eu tento fazer essa encenação com os meus amigos e a minha família. Sempre dá certo. Mas meus dotes artísticos com o Juliano tem ficado mais limitados.

Saímos tarde de lá e eu evitando a mim mesma. Só tinha vontade de ficar na estrada. Andar. Tomar o vento no rosto. Sair por aí. Entupir a casa com livros. Comprar vinhos. E esquecer que eu preciso ser assim.

Tenho saudades da faculdade. Não da época, ou do local. Mas de uma convivência mais levem divertida, apesar de todas as crises. Estar com os meninos ali, de alguma forma, me trouxe esse respiro de volta. Voltava aos poucos a estar com a cabeça na direção do horizonte... olhando no olho, respirando e rindo. Meu apego é tão grande qeu chega a me dar impressão que não saberia sair mais de mim, nem por esforço intelectual. Não sei mesmo, se de fato, isso é possível para alguém.

Nenhum comentário: