sexta-feira, maio 16, 2008

só...


Tenho acompanhado um blog recentemente que tem me fascinado muito. Não só pelo texto, mas pela transparência dele. É uma leitura cristalina de um sentir muito profundo. Tímido. E acho que ele tem traduzido bem as coisas que vez em quando eu me pego sentindo... Mais que isso. As imagens reluzem muito do que se passa aqui...


Tenho andado nessa escuridão achando que enxergo alguma coisa? Será que todo o caminho que eu percorri está completamente vazio? Será que eu não vejo nada? E fui assolada por essa dor, esse pulsar amargo, que adormece, me esvazia, me encolhe... Olhei em volta e só via a mim mesma. Só. Sem esperança de esperar. Sem nada. Nem um instante de respirar, só esse aperto.

Pensei em sair correndo. Pra qualquer lugar fora daqui. Longe desse sonho. Desse querer viver. Não sabia mais nada. Não (ha)via mais nada. Em canto nenhum. Um apartamento vazio. Um coração em abandono. Uma jogada de toalha aqui e ali que deixam esse gosto amargo nas palavras.

Eu olhei as ruas. As pessoas. Os bares. Gente aqui e ali. Muita fumaça. Muitos olhos perdidos tentando encontrar sei lá o que. E essa angústia no peito. Disse pra Lúcia que eu poderia escrever pra Marie Claire na sessão "eu, leitora". Nunca achei que fosse viver essas dores de alma assim tão fundas. Deu pra se ter uma idéia do que é um desesperar. Um deixar-se...

Fico aqui nesse ir e vir pra aqui e ali. Tem fim? Ou viver é agonizar? Fiquei perguntando qual é a cor do amor...

Espero. Espero. Espero. Espero. Espero. Espero. Espero. Espero mais. E temo mais. E sinto mais. Espero. E deixo. Onde? Com quem? Onde foi que eu me larguei? Por que não posso compartilhar? Só pedir? Querer? Espero. Só.

Um comentário:

# 7 disse...

Bom que tens visto assiduamente o meu blog e entendido de uma forma ou de outra os meus pensamentos. O mesmo conselho deixado para mim é válido para ti. Há sempre uma saída, nem sempre é a que queremos ou esperamos, mas está lá sempre.