sábado, agosto 23, 2008

Tem dores que permanecem... e doem à medida que a distância aproxima ainda mais essa solidão de você. Em você.

Queria contar uma história cheia de celebrações marcantes. Dessas inesquecíveis. Queria poder viver esses momentos que o cinema separa - e escolhendo a dedo - mostra sempre com trilhas sonoras deslumbrantes. Eu sempre gostei de trilhas sonoras. Dos beijos de cinema e do jeito que os casais apaixonados se comportam.

Gostava das frases de efeito, das ações corajosas e de toda essa sorte de coisas que encantam o peito. Mas parece que deixei de ver A rosa púrpura do Cairo. Ou o vi muito pouco. Não existem histórias assim. Me deixei ficar adolescente e o que a gente chama de realidade é mais cru do que somos capaz de engolir.

Queria poder falar de feitos. De entregas e de um conjunto infinito de momentos preciosos como diz a minha mãe. Mas nada consigo contar agora. Nem mesmo quantas vezes choro e porque... não conto nada. Dos sucessos. Dos fracassos. Fico em silêncio tentando me achar no espelho. Olhei o que deixei pra trás... o que vi pela frente. Temi. Suspirando. Passei a tarde em revisões e brincadeiras de gatos. Até o Fred me arranha...

Paro. Emudeço. Quase desistindo de sonhar. E lembrando de Nelson Rodrigues... de Ulisses. De mim. De estar só...

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