terça-feira, abril 01, 2008

Há um mistério no convívio da dor com o amor. Uma coisa aguda aqui dentro que, ao invés de me jogar pra dentro, me atira pra fora. Pra ele.

Passei o domingo cozinhando coisas aqui dentro. Pura fermentação de talvez, se, quem sabe... Num passeio pelo bairro e pela feira, depois de tirar fotos, falar, chorar, explicar, entender, perdoar. Finalmente, se lançar. Ontem dizia para uma amiga que eu não conseguia entender essas sutilezas de um e de outro.

Cheguei em casa depois da maratona trivial da 2a. feira. Conversamos. Matamos o restinho do vinho que tínhamos aqui. Silenciamos. E de repente algumas coisas se derretiam nos carinhos, nos olhares e nessas conversas de fim de dia. Meio "o que você fez de bom hoje?" e tal. Descomprimissados com a dor, com o aperto.

Acho que é isso que o Nosso tem de mais mágico. Essa capacidade alquímica de nos devolver o que mais amamos um no outro. O tempo todo. Mesmo que atrasando as nossas (infantis) expectativas.

No mistério, me devolvo...

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