Fiquei a semana me perguntando desse sentir solitário dentro de mim. Achei que tivesse entendido. Utopias.
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Mas a sensação ficou forte quando me deparei com o real. O possível. Fiquei tentanto crer que o possível é sempre o que a gente pode querer realizar. Dentro de um campo - possível de negociações. Me enganei. Estou só. E muito.
Achei - iludida? - que pertencia a projetos. A sonhos. E me dou conta que os meus não cabem naquele mundinho - acostumado - de solidão. Fez tudo só. Sempre. Achei meio mágico que isso pudesse de alguma forma ter se transformado. Engano.
Me lembro de ouvir na terapia há alguns anos atrás - as pessoas não mudam. E do Vinícius insistindo em me repetir: as pessoas dão o que elas querem dar. E me percebi sempre disposta a oferecer. Mais de mim. E o mais irônico nesse papo é que quando eu peço, me transformo na devoradora insaciável. Dos sonhos alheios. E me esqueço que ali, bem ali, de fato eu não caibo. Não pertenço. Não sei se dói mais ter acreditado que isso era sim, possível. Ou por ainda esperar.
Sinto um cansar tão profundo... doído. De silêncios. Não sei mais comunicar. Acho que desisti de pedir. Já vi isso acontecer anos atrás... por que será que pedir está errado? Fiquei sem chão... sem mais referências do que acreditar, nem esperar. Nem sei mais dizer que dói, que machuca, que sinto. Que queria que fosse diferente. E espero, e preciso - mais e mais - ser compreensiva. Entender. Esperar. Aceitar. Onde eu me pus nisso mesmo? Não posso mais.
Vontade de ficar. De sumir, de nadar. Sem voltar. E deixar - mesmo - de sonhar.
domingo, outubro 26, 2008
Postado por Srta T às 10:05 PM
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Um comentário:
Quando me vi sem a possibilidade de esperar algo de alguém, de ser traída por acreditar, me senti nua e ao mesmo tempo solitária!
Sim, foi e é um vazio. Me pergunto muitas vezes como viver sem esperar, e vivendo sem esperar o que é digno de aceitar, qual o limite do amor.
Minha terapeuta diz que tenho uma grande capacidade de amar, por isso muitas vezez me dei sem sentir um peso, era como algo natural, inerente, era por algo grandioso, era pelo amor...
No entanto, quem andou comigo tinha uma capacidade menor, não há culpa, nem culpados, é e foi apenas assim.
Sinto e entendo o seu desamparo, mas, não se desespere, como diz Drummond " A ausência é um estar em mim"!
Um grande beijo!
Aninha!
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