quinta-feira, agosto 30, 2007

embalando

Era mais de 11 horas da noite e eu ainda estava encoberta pelos trabalhos e pelas notas... Tanta coisa pra fazer e ler... Ouvia do quarto da tv o som de um jogo de futebol e me acalmava sentindo a presença viva do Juliano aqui em casa. É engraçada essa construção da intimidade. Parei um pouco enquanto tomava uma sopinha quente que ele tinha me trazido... tudo ali ganhava sentidos multicolores com o respirar. O cheiro, as cores, quase as madeleines (?) de rimbaud...

Espalhei fotos nossas aqui na mesa do escritório. Família, amigos, o Nosso. Lugares para visitar. Viagens feitas. Cores, risos. Caretas.

As cortinas daqui são bem vermelhas... Esquentavam os sentidos. De repente me senti numa ilha Nossa. Cada objeto aqui tinha a sua história. O dia que escolhi, surpreendi, fui presenteada. Histórias de antes. Coisas do amanhã. E tudo tão presente que fazia o embalo no coração agitado suavizar a respiração, o sentir, o ouvir. O olhar.

E passei a granhar percepções, epifanias, mutações de paisagem que transfiguraram um novo rito do Nosso. (re)Construir(-se) o tempo todo. É isso que as pessoas têm chamado de amor? Ou é só uma tentativa minha de desaguar esse oceano de sentires...?

Dormi antes dele. Exausta. O chuveiro me deixava curvar... lembro que parei as mãos nas paredes do box e tentei estender esse sentir. Como há mistério nesse amor. O banhar-se do outro é único, lento, prazeiroso. Dorminhoco.

Senti aquele reconhecimento de braços, dedos, carinhos. Dormi. Embalada nesse mistério. Nessa novidade vanguardista reacionária do peito, do corpo. Hoje cedo, despertava aquele sininho do palm... a luz da janela, a cortina ali embalado o meu amor... e os beijos todos, só pra mim, pra guardar no estoque da boca. Até acabar hoje à noite.

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quarta-feira, agosto 29, 2007




Olhar isso aqui, uma estrela atmosfera desta estrela gigante de brilho variável, 50 vezes mais maciça que o Sol, é como examinar os detalhes de uma moeda a 75 km de distância. Fico pensando se é essa a imagem que a gente consegue ver da gente mesmo...

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destroços

Hoje cedo saí com os alunos para o Museu Paulista - o do Ipiranga...Passeava com o pensamento solto. É sempre bom sair com a escola. Gosto de poder olhar a rua e a reação das pessoas ao verem um ônibus cheio de adolescentes. É surpreendente em muitos sentidos. Acho que eles esqueceram-se da sua...

Num determinado momento da viagem eu me dei conta que chegávamos perto do aeroporto. Congonhas. Não vou filosofar sobre as causas do acidente. Não sou boa nisso e acho que perderia o que foi ver de perto...

Apertou o peito. A dor sempre é maior quando bate na porta do coração da gente. Não tive nenhuma perda real naquele acidente. Não conhecia ninguém, mas confesso que me deu um nó na garganta. Não havia nada ali. Nada de fato. Destruição de um monte de desconhecidos... e que senti fundo como a gente é pequeno diante daquilo que cria. Os fantasmas, as dores, as máquinas, o dinheiro, a vida, o amor... A gente sempre é menor que tudo isso.

Lembro que o Juliano e eu estávamos perto de viajar quando isso aconteceu. Não quisemos ver a televisão. Nem as imagens. Nem a dor das pessoas. Uma escolha que poderia passar pela "opção de alienamento". Prefiro chamar de "solidariedada silenciosa". Dói o excesso de barulho. No corpo todo. E foi aí que me doeu a visão de hoje. Um silêncio detonado em dinamites... nada sobrou ali. Nem a imprensa. De fato aquelas pessoas morreram. Mesmo. De uma vez. E se a gente pudesse parar ali e sentir. ...

Há tantas histórias enterradas naqueles escombros. Não são nomes. Nem números. São caras que iam ver a namorada, mães carinhosas, que exigiam notas altas dos filhos, filhso que pararam de falar com os pais. Chefe mandão, empregado cansado. Gente com problemas de saúde, com medo de escuro, depressivos, serelepes, que tinham brigado em casa, despedido o jardineiro, deixado de pagar as contas, que faziam poupança, deviam no banco, gostavam de andar na beira da praia, amavam filmes de ação, comiam pipoca e batata frita, eram desajeitados para dançar, tímidos, sofridos, eperançosos. Outros ali perderam a chance de pedir desculpas, de tomar uma cerveja com os amigos, ver o pôr-do-sol. Alguns certamente iam pegar um filme na locadora... esperar a noite chegar sozinhos, acompanhados, trabalhando... Iam viajar nas férias, tomar um mate no Guaíba e ver as pessoas passeando no Redenção. Fiquei ali observando as ruínas... tentando ver as histórias que nem a arqueologia ou outra ciência humana serão capazes de recuperar. E talvez a memória ainda as perca.

Fiquei me lembrando dos meus que eu perdi... Perder nunca é bom. Ainda mais se a gente não consegue explicar o porquê. Digo aos alunos que com o Criador não se discute. Ele está ocupado... E os humanos ocupados porque discutem demais. E a gente passa e soterra...

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terça-feira, agosto 28, 2007

me confundindo em mim...

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conectando

Ontem cheguei em casa meio moída. Depois de passar numa maratona de aulas e pedalações voltei com o rádio ligado na cultura... paz. vim chorando quietinha dentro de mim. Sentia tantas coisas que não sei explicar. Querendo dizer. Passei rápido no supermercado e quando voltei para casa eis que me abre a porta o Juliano... com um sorriso de meninão (essa parte do meninão é certamente uma das que eu gosto muito!) e com as mãozinhas pra trás trazia o seu primeiro livro.

Vi aquela peça de papel meio sem acreditar... Tantos meses juntos acompanhando. Esforço, minhocação, terapia, concentração, insônias... E mais que isso eu vinha apreciando esse sabor da demora, da conquista passo a passo dele. Admirada.

E caí em choro gostoso depois de ler a dedicatória. Tem tantas coisas ali nela que os leitores mal saberiam entender. Uma coisa tão do Nosso. Nem mesmo eu saberia (acho que nem desejaria isso...) explicar. Tem coisas que não se explica, se sente. E eu fiquei ali nos braços dele, sentindo essa expansão do corpo. Do peito pra fora de mim! Que medo! Mas como é bom cair em queda livre. E fui... devagar. Lendo as páginas que vi montarem-se devagar, demorar. Tão bonito. Ver a pessoa que a gente ama conquistando os terrenos é maravilhoso, sobretudo quando ela te estende a mão pra você ocupar esse lugar com ela.

Juntamente com esse livro, pouquíssimos sabem... há tanto aprendizado interior, amaduderecer, amar, crescer, querer, sentir e doer. Chorar, rir, comemorar, tomar pilequinhos, celebrar, não dormir, acordar, festejar. Esperar. Acontecer. Devagar. Descobrir-se. E conectar-se... no mais íntimo do ser. Só pro outro ver. E sentir com você.

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segunda-feira, agosto 27, 2007

É engraçado como a gente pode se esforçar demais por dentro e o outro nem notar. Ontem foi um dia em que coisas dentro do coração explodiam. E como não deixar explodir ou respingar no outro?

Na última 6 feira aprendi o ritual do perdão. Desde lá tenho exercitado esses pequenos momentos epifânicos. O amor tem um contibuinte caro: a gente quer que o outro mereça algo melhor do que somos. E de repente, tudo começa a valer a pena. Ainda dói aqui dentro. Tantas coisas. Escondidas ali, aqui, debaixo do travesseiro. Escuto os telefonemas. Os sorrisos e me recebo nos carinhos. Mas o resto... parece que o apego ao que aconteceu é tão maior. Fico me perguntando até quando as lágrimas conseguem existir.

Sábado achei que fosse desistir disso. De mim. Achei que o preço era alto demais. Tentei. Escutei coisas que não queria. Disse outras mais. Saí do carro. É difícil a comparação de qualquer coisa fora da gente. Como medir? Fiquei olhando as cortinas do quarto à noite. O vento quente ia e vinha. Nada parecia passar. E sentia aquele abraço só dele. Reconciliando a Thais com ela mesma. Será que vai passar? A gente nunca esquece as coisas. Mas é possível perdoar sem esquecer? A cabeça diz que sim. O coração silencia. Ele crê na mudança. Sente. Mas o medo fica ainda aqui no cantinho da porta... olhando pelas frestas.

Saí de dentro disso... e não sei se consigo caminhar sem olhar pra trás... E sigo no esforço. No rito. No repetido. No azul. No calar-se...

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o que será que vem do lado de lá?

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coisinhas do lado de lá

Eu não sei exatamente o que acontece quando a gente reencontra pessoas sem data marcada na vida. Fora a surpresa, vem um monte de coisas aomesmotempoagora que deixam a gente com vontade de falar de tudo. Isso aconteceu com poucos amigos. E se repete a cada (re)encontro com eles.

O André foi assim. Era uma 6feira bem atípica em SP (ou não?) cheia de carros enlouquecidos conduzindo gente mais doida ainda. Greve de metrô. Esse detalhe eu não sabia... E recebo as seguintes instruções do Juliano: "compra um vinho bacana e eu te ligo pra vc pegar a gente no metrô". Ok, positivo e operante. Estava correndo porque eu tinha dado milhões de aulas e vindo num auê para comprar o vinho a tempo. Recebi o telefonema. Saí de casa e acreditando que rapidamente pegaria os dois moços, viria pra casa e me hibernaria numas almofadas enquanto eles pensariam e resolveriam o mundo virtual (de repente é mais fácil do que o real...)

Ora, querida, sinto muito. O tal do André naquela ocasião demorou HORRORES para chegar - lógico! a cidade estava um HORROR! - e mais ainda... eu precisei ficar dando voltinhas no quarteirão para aguardar. Nas 3 primeiras, ok. Paciência é uma virtude. Descobri que não tenho. Na 5 volta um ônibus me fchou e claro que eu fui dar uma de mulher maravilha e desci do carro barraqueira-chiliquenta para dar uma lição no motorista. O máximo que eu consegui foi uma risadinha sádica e um pedido (quasemudo) de desculpas. Ok. Larguei o carro quase no meio da rua na Vl Madalena e saí a pé bufando... Quando cheguei os dois estavam animadinhos com a conversa. Tentei - mesmo- me recuperar de um estress. Não deu certo. O Juliano bem sem graça disse meio tímido "ela está brava". Esta PUTA DA VIDA. Mal dei um "oi" e segui caminhando na frente. À lá "vamos logo". Mas o moço era um amor. O tal do André foi deixando de ser "o tal" e com aquela doçura toda estava a caminho de desmanchar o meu bico. Dito e feito.

No carro ainda disse que ia me acalmar e ia voltar a ser simpática. Pode? Descobri que ele se interessava por antropologia. Achei legal. Nunca imaginei que alguém relacionada ao mundo da internet de fato quisesse teorizar um pouco mais sobre aquilo. Enfim. Seguimos e abandonei os dois com o vinho no escritório para uma conversa sobre a internet, o mundo de lá, de cá, etc e tal. Aproveitei e hibernei um pouquinho. Consegui relaxar e lá pelas tantas peguei um papo "Irlanda" no meio da conversa.

Irlanda. Não é uma palavra que me sai da cabeça tão facilmente. Tirando o fato de eu AMAR Guiness e tudo o mais, eu particularmente gosto das dancinhas, da música e de todo o resto. Não vou desenvolver muito o papo aqui. Mas queria pontuar que, de alguma forma, quando eu saí do transe do piti, uma coisa muito gostosa brotou. Falei para o Juliano depois. No dia seguinte eles se encontraram eu acho. Domingo fomos para a praça Pôr-do-Sol, com a Bianca, uma fofa de tudo. E ali as conversas foram mais amigas, mais soltas.

Reencontrei o André depois de um tempo em Londres e na Irlanda. Foi muito bacana. Conversamos no sábado sobre a vida e essa sensação de que as buscas se entrançam o tempo todo através da gente. Buscar tudoaomesmotempoagora não dá. Esgota. Falamos sobre o mundo de lá, de cá. Sobre as angústias. As vontades de mudar, de se mudar, dos medos. Dos momentos bons e de uma tentativa de humanizar as pessoas em suas coisas. Ou seria de humanizar as coisas das pessoas? Pretensões à parte, foi uma delícia. Acho que pela primeira vez eu conseguia conversar sobre essas coisas num universo tecnológico de bar. Bloguiros, gente que manja de sites, que publica, que acontece, que vende, que pensa. Poucos ali sentiam... E a Ceila foi outro presente trazido.

André, obrigada pelas músicas. Mais que isso, obrigada por reforçar a doçura nessas coisas que são quase de sci-fi. Tive a impressão de em alguns momentos abraçar gente feita de metal prateado e que fazem toc toc no chão quando andam, manja? Legal achar através de você (falar do Juliano aqui seria redundante... por razões óbvias)pessoas queridas, reencontrar em mim outras coisas que quase se perdem. E a gente, muitas vezes por presunção, deixa passar mesmo.

Nos vemos no próximo bar...

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blogando

Nunca pensei que um texto aqui teria esse título... Na verdade poucas coisas têm-se mostrado "normais" ultimamente comigo. Estive ontem, surpreendentemente, num evento de blogueiros. É. Apresentada pelo Sr Spyer como "blogueira". Esse título, epíteto desacreditável, aconteceu.

Lá pelas tantas me vi querendo dar palpites em coisas como "por que os jovens fazem isso ou aquilo". Blablablabla... na verdade me perguntei quietinha porque a gente fica se preocupando com isso. Sendo bastante honesta, ontem, pela primeira vez, percebi que meu blog era lido. E isso me custou alguns neurônios numa conversa.

Primeiro, porque eu escrevo... Nunca pensei nisso de forma organizada. Na verdade, escrever me organiza a bagunça interior...Depois, por que escrevo no blog? ora, essa pergunta acho que ficou (semi)esclarecida no texto "inaugural". Mas como cabeçuda deplantão enveredamos pelo caminho do públicoXprivado... Agradeço ao Pedro Mrkun pelas elucidações reflexivas-compenetradas-inusitadas a uma pre-iniciante-básica-complicadinhadealmaquegostadeescrever... De repente eu parei de ler sobre "gênero", história e a clássica "categoria mulher" e me vi abraçada a novos universos tecnológicos.

No fundo esse blog é uma tentativa de expurgar alguns demônios (no sentido original da palavra grega) que habitam a minha cabecinha. Pensar demais e sentir demais nem sempre combinadas são legais. Não mesmo. Por outro lado, pensar que este espacinho meu virtual (realíssimo) é habitado visitado. UAU. Lembro que mandei o linkdo blog para alguns amigos (bem poucos... ) os mais íntimos. Era como mandar um email. Foi mais que isso... eles começaram a mostrar para outras pessoas. Aí a gente perde de fato o controle sobre esse emailsópramim...

Ao mesmo tempo a sensação de ser lida - e mais, qeu isso aqui, de algum modo, faz sentido - me acalma. Ora, a inquieta não sou eu. Ao menos não estou sozinha. Verdadeiramente não tenho vontade de ser uma mega-pop-cheia-de-audiência. Isso me obrigaria a escrever. E odeio obrigações de alma. Estar vivo é suficiente para a menina. O resto precisa espontaneidade. E isso não se encomenda.

Presente de grego a idéia do Juliano. Isso aqui faz parte de mim de um jeito que sinto falta... gostaria de ter mais tempo livre para escrever qualquer coisa divertida ou que me ajudasse a organizar o álbum cerebral-sentimental.

Gostei do evento. Menos pelos debates. Mais pela conversa no sofá. Nos bares. Adorei rever o André. Ainda vai um texto depois sobre ele. Adorei estar ao lado do Juliano e ver as pessoas ali admirando e reconhecendo um dos muitos valores dele. O resto, fica nos bastidores. Bom ver gente humanizando a máquina. O resto, já vimos bastante.>

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quinta-feira, agosto 23, 2007

marquinhas

São 3 anos... e fiquei pensando no que dar de presente. É complicado porque a gente se presenteia todos os dias, em todos os momentos. Não seria exagero dizer que o Nosso é de fato um presente.

Fomos assistir Miss Saigon, presente da sogra... e ganhei o presente mais generoso vindo de alguém que está a se abrir a todo instante. Mas isso fica em segredo. É do Nosso.

Fiz uns marcadores de livros... Desses bem meus, românticos, ritualísticos. E novamente, à noite outra descoberta. Muito mais nossa...

E o mais incrível disso tudo é ver como a gente marca a vida um do outro, sempre, profundamente, intensamente. E não há como fazer isso sem dor...

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star wars >< sr dos anéis

1. Se sua espada cai, Aragorn precisa correr até ela para pegá-la de
volta.
2. Mark Hammil não parece uma moça feito o Elijah Wood.
3. Han Solo levaria apenas 0.0023 parsecs pra voar até Mordor.
4. Os Stormtroopers podem ser meio frouxos, mas pelo menos têm rifles
laser.
5. Duas palavras: cavaleiros jedi.
6. Flechadas não derrubariam um AT-Walker.
7. A Millenium Falcon é muito mais rápida que Scadufax.
8. Três palavras: sabres de luz.
9. O Um Anel pode permitir a conquista de um continente. A Estrela da
Morte destrói planetas.
10. Gandalf não pode simplesmente dizer: "estes não são os hobbits que
estão procurando."
11. Lando Calrissian traiu o grupo, mas compensou destruindo a 2ª
Estrela da Morte. Boromir traiu o grupo e, pra compensar, morreu
estupidamente.
12. Nenhum agente do Império tem medo da luz do sol.
13. Rohan tem tropas montadas. A Aliança tem uma esquadra de caças
X-wing.
14. Han Solo não namora uma mulher 3000 anos mais velha que ele.
15. Sauron não usa Star Destroyers.
16. O Pônei Saltitante não tem uma banda com integrantes de diversos
planetas.
17. Tantas línguas na Terra-Média - e nenhuma tão maneira quanto o
idioma Wookie.
18. Orthanc, Minas Morgul e Barad-Dûr não têm baterias anti-aéreas.
19. Nenhum Comandante Supremo do Império seria derrotado por uma mulher

e um hobbit.
20. Darth Vader não usa anel.

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terça-feira, agosto 21, 2007

Engraçado ver o tempo passar. E não sentir esse "peso" em você... Fazem 3 anos... e me sinto tão mais viva. Inteira. Ainda juntando pedaços desconhecidos de mim... Colando, costurando. Revendo a combinação de cores. E jogando remendos esfiapados...

Há gratidão nisso. E medo. Medo que eu me jogue ainda mais pra fora de mim. E o que fazer? Lançados os nós... Nosso.

E cada vez mais indefinido, define-se o que sinto aqui dentro. Inteiramente. Só pra ele. Devagar... como as eras. E deixando o que era para trás. Com conta gotas de aprender a amar...

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segunda-feira, agosto 20, 2007

vontade de ficar de ponta cabeça....

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o medo

Na semana passada, creio que pela primeira vez tive uma dimensão do que dizia o mestre Yoda sobre o medo e o lado negro. Curiosamente sempre me julguei meio "jedi" e , por ser fã do universo de Star Wars, achei que dominava alguma coisa dessas.

Nada. Conveniências e acasos à parte, estava passando o Episódio III - o nascimento do bebê vampiro Darth Vader. Fantástico poder assistir e combinar as reflexões com isso. Identificações tão sensíveis com a personagem do vilão. Como o medo de perder pode deixar a gente cego, deslumbrado com a vontade e a possibilidade de ter. E não temos nada. Mesmo. Fiquei pensando como a gente constói castelinhos de areia. Frágeis. Mínimos. Dentro e fora da gente.

Fiquei com medo de ter medo e cair "no lado negro da força". Entendia, muito claramente, esse lance todo de que o medo leva à raiva, que leva ao ódio e que leva ao lado negro da força... Tenho vivido tantos desafios jedis dentro de mim. Talvez sem o treinamento adequado, diria. Mas que pavor de pensar que posso atravessar uma fronteira dessas tão rapidamente. E mais medo.

Semana passada ouvia a terapeuta falando do que o medo faz com a gente. Como regredimos. E dizia sobre "sentar na verdade". Como assim? O que é a verdade ora, essa?! Como a gente direcionar o olhar e o sentir - examinar os sentimentos verdadeiros (o que mesmo???????????) - sobre a verdade. Onde depositar a confiança????

Me deu medo de novo. Há tantas incertezas no caminho... e coisinhas que a gente julga -petulantemente - saber...

É...

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sexta-feira, agosto 17, 2007

Ontem. Saí tarde da USP. Ouvindo sei lá bem o que e me roendo por dentro por causa do Pierre Bourdieu. No caminho pra aula uma conversa com o Tiago, velho de guerra! salve, irmão! sobre gênero.

Muito bem, trabalhamos juntos e ele foi escolhido primeiro porque é homem. Achei graça dessa situação - depois claro...! - afinal, não basta estudar as relações humanas disso que é chamado - vulgarmente hoje, penso - de masculino e feminino.

Fui pra aula rindo da nossa conversa sobre a História, sobre a vida, casamentos, separações, achados, perdidos, guarda-volumes. Ele se casou no início do ano com uma mulher absolutamente LINDA de morrer. Meio à lá Catherine Zeta Jones. De noiva então... pãtz! arrasou!

Este texto é uma homenagem a ele. Pra dizer de coisas, de afinidades de alma que a gente reconhece pela vida. Estudamos juntos. Mas não nos falávamos. Nem sei porque. Ele trabalha com o Vinícius, meu outro irmão de alma. E a vida reuniu a gente numa equipe sensacional.

O Tiago tem uns trejeitos do Vinícius, mas é mais bem-humorado. Ainda bem! Dá uma saudade do outro quando encontro um deles. Se parecem em muitas coisas. Estudam muito e fazem parte de um raro contingente de homens sensíveis-inteligentes-charmosos-meiofemininosporserembacanasedobemcomasmeninas! Sou fã. Ontem ele, surpreendentemente levou amanditas para a reunião. A gente como doxe HORRORES e como eu gosto de dizer, como que nem menino; ora esse papo de comer alface é pra coelho! Assumo minha condição humana !(ufa...)

Devoramos as amanditas em meio a uma reunião de decisões de comoseráofuturodahumanidadesedependerdenós. Não seria ruim se dependesse, mas acho que não ia rolar. Digamos que a gente seja do time idealista-ingênuo-sonhador contra o resto do mundo. Ok, meio alienista.

Apresentei a Márcia pra ele. Outro encontro. Tenho vontade de ter o Tiago e a Cris, mulher dele, mais perto. Engraçado porque tanto eu como ele podíamos ter transformado a disputa de vaga em desconfiança pura. Só amor! E reconhecimento.

Estranhamente eu sinto uma coisa meio mãe, pode? Vontade de cuidar dos amigos queridos. São tantos. Tantos que eu não vejo mais... A vidna do Rodrigo a SP me despertou tantos sonhos deixados nos lençóis... escondidos nas cobertas. Ficamos horas conversando no dia que ele veio em casa. Uma vontade de congelar ele aqui dentro. Difícil aceitar no meu apego leonino às pessoas que elas se vão, puxam os elásticos pra longe e nem sempre voltam depressa. às vezes nem voltam... e fico aqui esperando com a cordinha na mão... saudade de tanta gente! mas é bom ver que tenho diversas cordinhas amarradas nos dedos. Que, quando eu puxar, a pesca será maior...

E que seja doce... com as amanditas...

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terça-feira, agosto 07, 2007

lavando a alma MESMO

 

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emergindo




De fato, dá vontade de ficar ali, contemplando. E me lembro daquela frase de Fernão Capelo Gaivota... "vê mais quem voa mais alto". Ontem, antes de dormir fiquei relendo o Sandman. Antes de me despedir das cartas do Caio Fernando, estava com esse sentir-se só. Uma solidão de dentro. Olhava o Juliano ali do lado. Que coisa boa... mas é a solidão de que a transformação é solitária. Você só pode fazer isso por você mesma. E as pessoas, no máximo te aplaudem. Ou nem isso.

Sandman sonha? Permite esses sonhares. Nem sempre solitários. Mas deve ser mais triste só contemplar a humanidade dali de cima. É difícil optar pela contemplação e pela experiência... As duas dão esse medinho.

Saudade da cachoeira...

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segunda-feira, agosto 06, 2007

descasulando

28. Saturno. E esse amadurecer lento. Doído. Que a gente joga pra fora da gente quase cuspindo. Márcia leu meus textos aqui. Achei legal porque às vezes sinto que a solidão me toma escrevendo. Me deixa esse sentir-se só... Engraçado porque ela me fez ver uma coisa que tenho refletido - sozinha, claro.

Me perguntou se eu estava infeliz. Me disse - nada sutilmente, claro Márcia - que eu projeto as minhas dores nos outros, sobretudo no Juliano. É ÓBVIO que eu faço isso, por isso se chama relacionamento. Por isso mais ainda que eu estou vivendo essa catarse de transformações alucinantes interiores - e exteriores: CORTEI O CABELO! estou me achando suuuuuper mulherão! bom pra nova fase de aniversário!

Sábado rolou a festinha. Bom ver os amigos de tanto tempo! nossa! tanta gente querida! e todos se apresentando! se conhecendo se curtindo! uma delícia. Enfim. Eu fico sempre embasbacada e alucinada porque de repente estão todos juntos ali, de uma vez, ao mesmo tempo agora. E essa vontade de abraçar e sair falando-rindo-dançando-badalando-chorando com todos eles. E claro que eu não consigo. Minha hiperatividade ainda não deu conta disso. Ainda bem.

Mas o ponto da noite foi uma conversa com o Gavin. Ele é uma jóia dessas preciosíssimas que encontrei no meio do deserto. Um deserto intenso de experiências peregrinas pra dentro e fora de mim. Ao mesmo tempo. Um ano de trabalho com artistas num projeto meio "vamos mudar o mundo". Depois que os poderes de Grayscol não rolaram e faltou maturidade de todos os lados, o esqueleto tomou o castelo. E eu saí por Tandera sem querer definitivamente mudar o mundo. Já dá trabalho mexer dentro desse caroço aqui. Mas voltando ao Gavin... Artista queridíssimo e um educador que sabe - tem aprendido na pele... educar a dor. A dele. E isso me comove demais. Foi pouquinho, mas nesses pouquinhos sempre rolam as epifanias. Mistérios da vida.

Ainda vou escrever mais sobre ele depois... Mas o presente veio depois de uns vinhos aqui e ali. Uma despedida carinhosa e cheia de encorajamentos para prosseguir nesse desafio - bem precário às vezes - que a gente chama de amadurecer. Arte mesmo. Tekné. Saber fazer. Sem receitas. Aí está o conceito de habilidade.

Hoje saio da terapia depois de um mês de sossego externo e puro inferno astral vivido no âmago desse cuspimento de mim. Alívio... mais talvez porque as coisas demorem a se resolver do jeito que eu quero - e aí reside um mistério gostoso da vida - do que de uma pseudo-solução-terapêutica-astrológica-espiritual.

A gente vai vivendo. E se humanizando. E amando. E (des)cobrindo mais da gente. (re)velando... tanta coisa boa. Que presente ter o Juliano por perto. Mais perto de mim do que eu mesma...

pra me segurar quando eu bater as asas e deixar essa vida lagarteando...

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telefonando...

Domingo. Dia de (suposto) descanso. e lá eu... à procura de uma solução para o meu celular. Fiquei me sentindo em um furacão meio à lá twister... ou qualquer coisa brega e bagunçada. Fomos a 3 lojas da TIM...

Detalhe importante para sublinhar a eficiência de serviços de comunicações do país... ligamos para o serviço de informações e a figura, dita "consultora" consultou todo mundo e ninguém, podendo-estar-dando-a-chamada-consultoria-dos-assessores-da-TIM, pôde ajudar. Mãe Diná teria feito melhor. Walter Mercado com o seu "ligue djá", coitado... djá teria ficado esperando HORRORES e perdido clientes. Nenhuma clarividência explicaria isso.

Trânsitos astrais à parte... Andamos por 4 lojas... Mais fácil achar o Santo Graal e mesmo a Arca da Aliança. Quase pedi emprego ao Spielberg como atriz coadjuvante em Indiana IV! Nos mandaram para a loja do Vila Lobos - a 3 loja! - e quando chegamos lá... nos mandaram para o Iguatemi. Muito bem. Respirei fundo. Tentei pedir uma explicação qualquer e depois, "será que por gentileza você poderia ligar para lá e confirmar que o sistema deles está funcionando?"

"Não".

Como assim? Fiquei sem acreditar por uns segundos e já estava respondendo "ah, ok, obrigada".... "não podemos ligar pra eles porque eles nunca atendem o telefone", disse o mocinho com toda naturalidades dos consultores-consultados. Passei. Imaginem. Uma empresa de telefonia que não atende o telefone. Ok, ou seja, TIMganram...!

Chegamos na loja do Iguatemi depois de esperar o maná dos céus e Deus, evidentemtente, ocupadíssimo - imagino que ele deveria estar em algum local do céu atendendo ligações de pessoas desesperadas como eu, ansiosas e inconformadas. Ou pior - ele também não atendia telefone. Afinal, era domingo, dia do senhor. Havia uma fila consideravelmente GRANDE e todo aquele papo de "pode esperar pela senha". Pegamos senha. E ficamos olhando como peixinhos no aquário a loja em frente. VIVO. Estavam todos muito mortinhos ali, a começar pelos clientes, exaustos, impacientes. Ficamos ali e quando eu ia perguntar qualquer coisa filosófica como eunãoseiporqueagentetemquepassarporisso o Juliano se levantou e foi até a "concorrente". Mais: ficamos conversando com os vivos clientes e pasmem! - sãotodasiguaisemserviços! MESMO.

Depois de uma conversa rápida sobre promoções e seduções tecnológicas fomos surpreendidos pelo lojista da VIVO entrar, bastante à vontade, na loja da TIM. Literalmente atravessou a rua. Foi ali. Entrou atrás do balcão. Pediu informações à lá confidencial e voltou com um papo olha-a-gente-pode-resolver-isso-e-eles-não. A loja ia fechar. Antes que tomássemos uma atitude naqueles espírito -surpreendente - dominical, voltamos. Claro, eu tinha que xingar a vendedora da VIVO que foi suuuuuper grossa só porque queríamos uma última informação. Depois de ficar umas 6 horas do dia nessa comunicação surreal...

Voltamos para casa quase 10 da noite sem resolver as coisas do celular.

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