segunda-feira, agosto 27, 2007

É engraçado como a gente pode se esforçar demais por dentro e o outro nem notar. Ontem foi um dia em que coisas dentro do coração explodiam. E como não deixar explodir ou respingar no outro?

Na última 6 feira aprendi o ritual do perdão. Desde lá tenho exercitado esses pequenos momentos epifânicos. O amor tem um contibuinte caro: a gente quer que o outro mereça algo melhor do que somos. E de repente, tudo começa a valer a pena. Ainda dói aqui dentro. Tantas coisas. Escondidas ali, aqui, debaixo do travesseiro. Escuto os telefonemas. Os sorrisos e me recebo nos carinhos. Mas o resto... parece que o apego ao que aconteceu é tão maior. Fico me perguntando até quando as lágrimas conseguem existir.

Sábado achei que fosse desistir disso. De mim. Achei que o preço era alto demais. Tentei. Escutei coisas que não queria. Disse outras mais. Saí do carro. É difícil a comparação de qualquer coisa fora da gente. Como medir? Fiquei olhando as cortinas do quarto à noite. O vento quente ia e vinha. Nada parecia passar. E sentia aquele abraço só dele. Reconciliando a Thais com ela mesma. Será que vai passar? A gente nunca esquece as coisas. Mas é possível perdoar sem esquecer? A cabeça diz que sim. O coração silencia. Ele crê na mudança. Sente. Mas o medo fica ainda aqui no cantinho da porta... olhando pelas frestas.

Saí de dentro disso... e não sei se consigo caminhar sem olhar pra trás... E sigo no esforço. No rito. No repetido. No azul. No calar-se...

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