sexta-feira, agosto 17, 2007

Ontem. Saí tarde da USP. Ouvindo sei lá bem o que e me roendo por dentro por causa do Pierre Bourdieu. No caminho pra aula uma conversa com o Tiago, velho de guerra! salve, irmão! sobre gênero.

Muito bem, trabalhamos juntos e ele foi escolhido primeiro porque é homem. Achei graça dessa situação - depois claro...! - afinal, não basta estudar as relações humanas disso que é chamado - vulgarmente hoje, penso - de masculino e feminino.

Fui pra aula rindo da nossa conversa sobre a História, sobre a vida, casamentos, separações, achados, perdidos, guarda-volumes. Ele se casou no início do ano com uma mulher absolutamente LINDA de morrer. Meio à lá Catherine Zeta Jones. De noiva então... pãtz! arrasou!

Este texto é uma homenagem a ele. Pra dizer de coisas, de afinidades de alma que a gente reconhece pela vida. Estudamos juntos. Mas não nos falávamos. Nem sei porque. Ele trabalha com o Vinícius, meu outro irmão de alma. E a vida reuniu a gente numa equipe sensacional.

O Tiago tem uns trejeitos do Vinícius, mas é mais bem-humorado. Ainda bem! Dá uma saudade do outro quando encontro um deles. Se parecem em muitas coisas. Estudam muito e fazem parte de um raro contingente de homens sensíveis-inteligentes-charmosos-meiofemininosporserembacanasedobemcomasmeninas! Sou fã. Ontem ele, surpreendentemente levou amanditas para a reunião. A gente como doxe HORRORES e como eu gosto de dizer, como que nem menino; ora esse papo de comer alface é pra coelho! Assumo minha condição humana !(ufa...)

Devoramos as amanditas em meio a uma reunião de decisões de comoseráofuturodahumanidadesedependerdenós. Não seria ruim se dependesse, mas acho que não ia rolar. Digamos que a gente seja do time idealista-ingênuo-sonhador contra o resto do mundo. Ok, meio alienista.

Apresentei a Márcia pra ele. Outro encontro. Tenho vontade de ter o Tiago e a Cris, mulher dele, mais perto. Engraçado porque tanto eu como ele podíamos ter transformado a disputa de vaga em desconfiança pura. Só amor! E reconhecimento.

Estranhamente eu sinto uma coisa meio mãe, pode? Vontade de cuidar dos amigos queridos. São tantos. Tantos que eu não vejo mais... A vidna do Rodrigo a SP me despertou tantos sonhos deixados nos lençóis... escondidos nas cobertas. Ficamos horas conversando no dia que ele veio em casa. Uma vontade de congelar ele aqui dentro. Difícil aceitar no meu apego leonino às pessoas que elas se vão, puxam os elásticos pra longe e nem sempre voltam depressa. às vezes nem voltam... e fico aqui esperando com a cordinha na mão... saudade de tanta gente! mas é bom ver que tenho diversas cordinhas amarradas nos dedos. Que, quando eu puxar, a pesca será maior...

E que seja doce... com as amanditas...

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