segunda-feira, agosto 27, 2007

blogando

Nunca pensei que um texto aqui teria esse título... Na verdade poucas coisas têm-se mostrado "normais" ultimamente comigo. Estive ontem, surpreendentemente, num evento de blogueiros. É. Apresentada pelo Sr Spyer como "blogueira". Esse título, epíteto desacreditável, aconteceu.

Lá pelas tantas me vi querendo dar palpites em coisas como "por que os jovens fazem isso ou aquilo". Blablablabla... na verdade me perguntei quietinha porque a gente fica se preocupando com isso. Sendo bastante honesta, ontem, pela primeira vez, percebi que meu blog era lido. E isso me custou alguns neurônios numa conversa.

Primeiro, porque eu escrevo... Nunca pensei nisso de forma organizada. Na verdade, escrever me organiza a bagunça interior...Depois, por que escrevo no blog? ora, essa pergunta acho que ficou (semi)esclarecida no texto "inaugural". Mas como cabeçuda deplantão enveredamos pelo caminho do públicoXprivado... Agradeço ao Pedro Mrkun pelas elucidações reflexivas-compenetradas-inusitadas a uma pre-iniciante-básica-complicadinhadealmaquegostadeescrever... De repente eu parei de ler sobre "gênero", história e a clássica "categoria mulher" e me vi abraçada a novos universos tecnológicos.

No fundo esse blog é uma tentativa de expurgar alguns demônios (no sentido original da palavra grega) que habitam a minha cabecinha. Pensar demais e sentir demais nem sempre combinadas são legais. Não mesmo. Por outro lado, pensar que este espacinho meu virtual (realíssimo) é habitado visitado. UAU. Lembro que mandei o linkdo blog para alguns amigos (bem poucos... ) os mais íntimos. Era como mandar um email. Foi mais que isso... eles começaram a mostrar para outras pessoas. Aí a gente perde de fato o controle sobre esse emailsópramim...

Ao mesmo tempo a sensação de ser lida - e mais, qeu isso aqui, de algum modo, faz sentido - me acalma. Ora, a inquieta não sou eu. Ao menos não estou sozinha. Verdadeiramente não tenho vontade de ser uma mega-pop-cheia-de-audiência. Isso me obrigaria a escrever. E odeio obrigações de alma. Estar vivo é suficiente para a menina. O resto precisa espontaneidade. E isso não se encomenda.

Presente de grego a idéia do Juliano. Isso aqui faz parte de mim de um jeito que sinto falta... gostaria de ter mais tempo livre para escrever qualquer coisa divertida ou que me ajudasse a organizar o álbum cerebral-sentimental.

Gostei do evento. Menos pelos debates. Mais pela conversa no sofá. Nos bares. Adorei rever o André. Ainda vai um texto depois sobre ele. Adorei estar ao lado do Juliano e ver as pessoas ali admirando e reconhecendo um dos muitos valores dele. O resto, fica nos bastidores. Bom ver gente humanizando a máquina. O resto, já vimos bastante.>

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