quinta-feira, junho 26, 2008

Reformas e pó. Combinação para um começo de férias bem inusitado. Começamos uma reforma no apartamento. Engraçado porque faz uma semana que a Lina foi embora. E literalmente a casa virou de pernas pro ar. Entretanto eu fiquei com a sensação de que faz mais tempo. Doeu muito e ainda me pego dando umas espiadinhas na vila aqui do lado pra ver se eu "trombo" com ela.

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quarta-feira, junho 18, 2008

Depois de um dia de luto... Vamos em frente. Acordei meio zonza ainda e virada do estômago. Mal saí da cama... Acordei e quase me pego chamando a Lina de volta pra cama. Respirei. Chorei miudinha mais um bocado deitada. Veio a Filó. Pequeninha e pretinha. Enroscada em mim nos cabelos. Me comovi com isso e vim pra sala depois. Abri a janela da sala e procurei a Lina na rua... me senti tolinha. Trabalhei o de sempre. Ajeitei as coisas e depois tomei coragem.

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terça-feira, junho 17, 2008

Despedidas

Hoje a Lina foi embora... De vez. Na hora de sair para o trabalho toca o interfone. Era a dona da nossa gatinha. "Preciso falar com vocês"...

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segunda-feira, junho 16, 2008

Cansaço... estava lendo um poema do F. Pessoa sobre isso. Sempre falando do cansaço da alma. Ontem e hoje me bateram uma exaustão do corpo mesmo...

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domingo, junho 15, 2008

A hora das fadas

Compre um prisma para a minha janela. Bate sol o dia todo no apartamento. É ventilado. Iluminado. Posso espalhar plantinhas pela casa e enfeitar com cortinas coloridas.

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quarta-feira, junho 11, 2008

Ainda vivendo apegos... a experiência de reencontrar a dona da Lina me deixou com alguns dilemas. Morais. Dói e é incrível como a dor sinaliza na gente um cannyon de sentir. Umas coisas profundas cheias de sombras e mistérios.

Passo ali do lado da casa dela com gratidão. Há muita generosidade nesse gesto de deixar a Lina com a gente. E ao mesmo tempo, sabendo de tudo o que as meninas sentiram com o sumiço da gatinha... me vi sendo a bruxa má da história. E é impressionante como a gente pode ser a mesma coisa. Ao mesmo tempo.

Na 2a. feira o Juliano, voltando do veterinário, encontra na rua dona da gatinha... Disse que os filhos todos ficaram muito mal com ela. Quando ouvi a notícia me deu um aperto no peito. Tanto apego! Me senti tão pouco generosa, egoísta mesmo. E fiquei nesse ir e vir...

Tenho pensado muito sobre a generosidade. Juliano sempre me disse que eu era muito generosa com as pessoas. Sempre acreditei que essa era uma virtude minha. Mas ontem, e refletindo sobre as coisas que tenho feito, do modo como tenho feito, me descobri - humanamente - egoísta. Percebi como toda a teoria sobre identidade, alteridade e essas "dades" todas da antropologia e da História me deixaram sem resposta para as coisas que tenho vivido. Aqui fez sentido a frase do Ulpiano, meu ex-orientador "você tem de idade menos da metade do meu tempo de carreira". A presunção intelectual dele era um alerta para a minha presunção ainda não classificada.

Tenho vito as pessoas ao meu redor com atitudes que tem me ensinado muito. Esses dias no trabalho uma das professoras de alemão que eu gosto muito foi muitíssimo carinhosa. Tenho percebido isso nos meus pais, sobretudo o meu pai com aquele jeito meio durango-palhaço. O Juliano, deixando o Nosso se abrir mais... Tenho percebido a minha fragilidade nesse período e adoraria crer que se trata do clássico "inferno astral", afinal, falta quase 1 mês para eu dar outra cabeçada em Saturno.

Olhei a Lina aqui em casa pedindo carinho por causa dos cortes da cirurgia... manhosa. Dei uma olhada hoje cedo na minha casa, andei e percebi os cantinhos que fazem sentido pra mim aqui dentro. Quase secretos. Livros, incensos, quadros e outros badulaquesinhos. Tem um quadro de um Pã tocando flauta no alto de NY. Gosto da solidão tranquila dele. E do jeito que ele parece ignorar aquela coisa toda surreal ali embaixo no universo dos humanos. Ou será que ele sabe (in)exatamente como a gente é (inexato)? Deixei a música vir para o dia de hoje... e suavizar o coração...

domingo, junho 08, 2008

Apegos

Sempre fui apegada. Não sei se por configuração astral (que meu irmão não me leia) ou por personalidades ancestrais. Sábado me dei conta que a ascendência capricorniana e a lua em escorpião podem ser combinações intensas demais. Encontramos a dona da Lina...

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domingo, junho 01, 2008

Tenho lido muito pouco, muitíssimo menos do que eu gostaria... e na semana passada, depois de um banho de mar à noite, chego em casa e sou convidada a esse poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, uma poetisa portuguesa que, como esperado, fala do mar, e alimenta em mim esse desejo-admirado pelo oceano...



Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar



Como disse um comentário recente, essa cobrança vem sempre da gente...



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