terça-feira, setembro 25, 2007

Conversar. É engraçado como alguns assuntos voltam. Outros nunca saem. Pelo menos por um tempo. Essa sensação de permanência de um assunto em mim é assustadora. Ele hiberna, acorda faminto, devora, se cansa e volta a cochilar.

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segunda-feira, setembro 24, 2007

o Rio de Janeiro continua lindo...

Fui ao RJ nesse fim de semana depois de uma semana ensandecida... Mar é terapia. Necessária.

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sexta-feira, setembro 21, 2007

casa vazia

São 4 da manhã... acordei com o bips do palm tocando discretinho pra não morrer com a queda do meu tapa. Hoje a casa fica vazia.

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quinta-feira, setembro 20, 2007

Passei daqui... e continuo andando sem participar do espaçamento dos passos. Acordo e durmo com F. Pessoa. E releio. E escrevo. Ontem assisti a gravação de uma entrevista do Juliano e tomando café daqui e dali olhava para o desfoco todo interior de dentro de mim...

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quarta-feira, setembro 19, 2007

o que é mesmo fernando?

Ontem fiquei com o sono longe de mim, passeando pelas estradas atemporais do coração e da mente.

Estou com o Pessoa entranhado no corpo... e estranhamente, acabei de encerrar as Grandes Navegações com os meus alunos...

A gente tem que passar além da dor? Ou é além do Bojador? Primeiro, se passa pela dor... e mergulha-se no seu Cabo de Tormentas, com ondas fortes, gigantes, trazendo as tempestades de dentro de você. E espera-se... Meu Bojador é tão longe ainda de mim, fica lá, andando pra onde eu possa não alcançá-lo... escorrega da minha embarcação fora daqui, cheia de nuvens pesadas que acabam por arruinar a minha sensação - pequena - de nitidez de alguma coisa.... Por que é preciso doer? Navegar tem sido tão (im)preciso dentro de mim... sem rumo, com ventos de todos os lados. E os mais fortes são os de dentro. Revolvem as profundezas desse oceano escuro e frio. Sem jeito, esperança, forma.

E onde está a tripulação? Se recusa a viver de dor... e eu esperando passar a chuva, sozinha. Olhando pra dentro desse tempestar de sentir e pensar... Só. e antevejo que essa viagem é solitária pra dentro, e pra fora, arriscoso demais... Onde está você Fernando Pessoa? Passou a dor? Me conte o que há além desse Bojador embaçado dentro da gente...

quinta-feira, setembro 13, 2007

amor meu grande amor...

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segunda-feira, setembro 10, 2007

Caminhar assim...



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domingo, setembro 09, 2007

menino-sol

Nasceu o Caio...

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quinta-feira, setembro 06, 2007

Só para não passar em branco....

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quarta-feira, setembro 05, 2007

Hoje é o lanaçamento do livro do Juliano... Ontem à noite fui encontrar o meu amigo-irmão de alma e demos uma passeada pela livraria. Lá estava o livro no meio de tantos outros...

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terça-feira, setembro 04, 2007

Algumas descobertas da vida são mais dolorosas pelo descompasso do que pelo descobrir... Às vezes sinto como se vivesse num filme francês cheio de histórias que se enrolam em si, desdobram-se nos sentires, olhares, calares... E falar? Para que?


Tem sido difícil conviver com o silêncio. Em muitos sentidos. Muitas vezes tenho a tentação de sempre me fazer sincera. Direta. De algum modo - ingênuo? - penso que isso pode ser uma demonstração de força de caráter. E o mais estúpido é quando a gente se percebe completamente humanizada e despida dessas etiquetas sem fim... E olhar os talvez. Os "se"... quem sabe? Dói. E mais pela ausência de qualquer solução do que pela verborrágica procura - (ir)racional - de ações. Pragmatismo. Nada...

Ontem saí da terapia com esse vazio. Me lembrava da fala do Juliano, citando uma vez, que os sentimentos não precisam ser comunicados. Só sentidos. Alguém aí sabe como se faz isso? Digamos que para uma pessoa absolutamente pluralizada na experiência do sentir - e por que não completar dizendo que há uma dose de exagero nisso tudo que não sei como resolver (há meios?) - a sensação deve ser comunicada. Faz parte do ritual do viver.

E ontem me dei conta que há de fato coisas que a gente carrega sempre, para sempre talvez, para dentro da gente. E ficam ali. Vivas. Mas monologam com o teu coração. E você nem sempre pode - ou deve - responder. Era tarde e me deu uma crise de choro no carro. Andei devagarzinho pela direita para não correr riscos. Expor desse jeito o sentir me parece arriscoso... Mas que seja. Consegui falar ao telefone bem quase engasgada por mim mesma. Dirigindo o carro e desgovernada aqui dentro.

E o que fazer com o sentir? Deixar? Sair? Sentir? Não tenho idéia de como isso sai - ou fica - na gente. Em paz. Tenho vontade de falar e não consigo. De rir e não posso. De chorar... e não sei mais. Dá saudade.

Acordei à noite milhões de vezes e vi o Juliano ali do lado. Dormindo na sua semi-gripe de pré-lançamento. Gostoso saber dele ali perto. Mas a insegurnaça do peito apertava e me impedia de continuar o sono que nunca chegava. Saí cedo. E espero que o dia me deixe respirar um pouco para fora de mim. Aqui dentro muitas vezes o mundo sufoca. E lá fora... tanto por sentir. Novidade. Diferente...

segunda-feira, setembro 03, 2007

Para aqueles que são aliados da força!

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Queria poder sair daquela frestinha de luz...

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Ontem fui visitar a Teresa. E é muito misterioso como os laços se dão, os nós desatam... Nós nos conhecemos no ponto de ônibus...

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sábado, setembro 01, 2007

ouvindo o rádio

Há algum tempo o rádio tem sido mais companheiro que muitos amigos. Não pela falta de amizade do pessoal. Mas pela presença mais constante. Ao menos mais tagarela. Há algumas semanas eu tenho redescoberto algumas outras epifanias nas ondas invisíveis...

Sair de casa para o trabalho tem um ritual diário de compenetração interior. É a hora antes do espetáculo que a fantasia é colocada e a maquiagem refeita. Enfrentar a sala de aula é, de um certo modo, confrontar os meus personagens comigo mesma. E isso requer meditação e recolhimento. Antes. Depois.

No caminho há um trecho particularmente especial onde eu sempre paro um pouquinho para olhar. São 7 árvores que denunciam as estações do ano como ninguém. No interior da Vila Madalena... e eu passo ali sempre e me remeto ao meu coração, ao meu pensar, ao meu sentir, viver, falar e calar. Dá uma vontade enorme de silenciar tudo o resto em volta de mim. Parar para respirar e de alguma forma, observar a nuanças de cores de violeta, rosa, verdes, amarelos e dourados. Neste outono eu acompanhei o sono de cada uma delas. Passava de carro e já de longe via que as folhas e as flores - generosamente - enfeitavam o meu caminho para o trabalho. Era quase como um tapete vermelho pelo qual eu passava e, ritualmente, caminhava para o meu palco interior. Com prêmios inapreensíveis e inexplicáveis.

Mas essas últimas semanas... me dei conta que sempre ali dava a sorte (????) de ouvir uma música no rádio. Dessas que a gente gosta DEMAIS e pede para ouvir... foi mágico me dar conta que as árvores, as 7, funcionam como uma espécie de portal... silencioso para abrir as percepções musicais de outras rádios dentro da gente.

Mais mágico ainda foi perceber que a maioria das músicas por elas escolhidas eram endereçadas ao Juliano. Ou melhor, ao Nosso. E mais engraçado que tudo isso foi perceber que eu sempre ligava nessas horas do celular para ele para ele escutar as músicas junto comigo. E os risos dos dois ao telefone finalizavam essas canções.

Dias atrás indo por esse mesmo caminho, muito cedo, liguei na rádio USP... era a voz do Juliano falando no Leia Livro. Mistério? Disposição? Certamente epifanias que não merecem explicações, do contrário, deixam de ser epifanias...

Isso tem sido frequente... e me dando conta disso passei a cumprimentar as árvores. Todas elas. Agradecendo por esse cuidado especial no meu coração. Acho que até deu certo essa prece diária de agradeceres... essa semana elas inauguraram os primeiros traços da primavera... tá aí. No meu coração também. Hoje, sem tulipas no jardim de casa, mas com o peito florido, só para quem aqueles que tem olhos de ver.

Há uma coisa interessante nesse processo de viver loucamente. Essa semana, na 5 feira saindo da usp eu simplesmente não sabia o caminho de volta pra casa.

No entanto, fiquei olhando a lua ontem à noite... no caminho de volta pra casa (já relembrado!) Amarela. Imponente e cuidadosamente espiando os desatentos com a sua magnitude. Ontem cheguei à conclusão que a lua é leonina.

A gente cria mecanismos de desculpas (para si mesmo?!) ou é um ato de negligência intencional? Digo isso porque me dei conta que meu tempo - escasso demais - sempre tem rituais que não abro mão. Olhar o céu, por exemplo. Tive uma semana enlouquecida e consegui escrever razoavelmente. Pacíficos no coração. Oceanos de todos os lados e lugares e profundezas mergulhando em mim. Senti o corpo levitar de dentro pra fora. Apesar de ter digitado mais de 1000 notas, preservei - talvez pela primeira vez - o meu espaço sagrado aqui dentro.

E não sei como pude ou mesmo consegui realizar isso. Talvez pelas aulas de natação. Talvez pela atenção dada ao Juliano em vésperas de lançamento? Talvez porque eu tenha desejado sair do meu estado de meninice reclamona.

Ah, por que a lua é leonina? Porque ela nem sempre FAZ tudo e de tudo para chamar atenção - pelo menos nem sempre. Mas quando resolve apelar... sai da frente. Me senti constrangida ontem à noite olhando para o céu. Como a gente tem presentes dos deuses - ou do que lá você quiser chamar... - o tempo todo.

Voltei pra casa tarde. Abri a janela. Olhei as cortinas dando espaço pra lua entrar aqui... Que gosotosa a sensação de ser testemunha silenciosa desses pequenos milagres. Tempo? ora, isso me parece mais esse discurso modernete que a gente monta pra se sentir aceito. Não é percepção... é disponibilidade genuína. Eu quero mais!