sábado, junho 23, 2007

irmanando

O corpo fragilizado mesmo... tanto cansaço, tanta vontade de ficar quietinha... e nesse quase-sono entorpecido... eu descubro mais...

Há coisas que a gente só se permite ver na fragilidade. Nesse entorpercer do corpo, cansando de si mesmo. De ver o mundo e sentir como se a gente pudesse, de alguma forma, controlar.

Ontem recebi a notícia... Clara terminou o namoro. Engraçado como algumas notícias tem impactos profundos na gente. Passei o dia com ela em sentimento. Não nos falamos. Fiquei com o coração apertado. Queria estar perto, ajudar, sentir, abraçar, escutar. Essas conversas que as irmãs têm quando se reconhecem mulheres adultas... Passei o dia assim. Descobrindo na minha fragilidade física a vontade de estar e ser ela. Tirar essa dor do peito e trazer pra mim. Mas ao mesmo tempo me lembrei de alguns anos atrás... a libertação é melhor sensação para a alma. Não posso roubar essa dor liberta dela. Não é justo...

e fico aqui, olhando as flores pela janela, esperando a Clara me ligar. Ou ligo antes? antecipo... ventos na cortina...

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