terça-feira, julho 22, 2008

os 2...

Ao ficar com vontade de escrever sobre o Nosso, me dei conta do número da postagem... 222. Acho graça ainda e consigo me surpreender com as coincidências.

Esses dias depois de umas discussões, questões e avaliações, fiquei remoendo umas lembranças. Pensando no que seria, no que é. Em como será. Sempre que as coisas pareciam confusas essa tranquilidade de-nã0-sei-onde aparecia. Sublinhada com o 2, 22. Eram 22 hs quando ele ligou, quando eu mando um msn malcriado, 11:22. É bom notar essa permanência depois de se dizer cética. Em relação a uma série de coisas.

Eu sempre me surpreendo com o Juliano. Fico pensando uma vez que ele me disse que pra ele, eu era a sua primeira namorada. E ri - afinal namoradas é o que não faltou no currículo dele - achando essa fala uma mistura de quero-te-agradar com eu-não-sei-o-que-dizer. Mas depois, observando e comprovando o que ele insistentemente me dizia "ninguém nunca teve tanto de mim", me deixando perceber as sutilezas do que é ser a primeira namorada...

Engraçado como isso ainda me pega. Ontem mesmo, depois de fazer um melodrama por telefone, bancando a sabidona e a que sempre tem razão eu fui desmontada por essas demonstrações súbitas, inteiras dele. E mais que isso: ainda me admiro com a intensidade desse despojar-se dele. Para um sujeito fechado, com as suas crises e as necessidades de espaço e tal, mergulhar assim, do alto, causa estupefação.

O mais estranho é que essa constância de renovações e inteirezas fractais do Nosso ainda me deixam muda. Sempre fico achando que essas fissuras são profundas, que as coisas vão se abalar. Nesse sentido, a romântica aqui é a mais cética. Cega, pra ser mais precisa.

E sou surpreendida. Todos os dias. Nem sempre falo. Afinal, dizer nunca é mais fácil. São quase 4 anos. E toda vez que eu penso que a peça vai acabar uma platéia inteira dentro de mim aplaude esse artista. Que me encanta. Me faz rir, e me move. A melhor sensação é poder se surpreender num relacionamento. E se perceber diferente de duas horas atrás. De dias, de meses. De sempre. É deixar que a rotina traga uma constância desigual. Inteira.

Há pouco abri os emails. Sempre tem uma notinha ali. Uma mensagem no celular e essa coisa toda de (primeiros) namorados. Que fica. Que cresce. Que surge de dentro pra fora. Sem as prescrições de uma exigência mal compreendida. Gostei de acordar com esse corpo...

E por mais que o dia seja esse, outro, intenso, duro, cheio, mal, ou qualquer outra coisa que comprove meu ceticismo... é bom saber que as surpresas não tem aviso prévio. Que não se programam ou encomendam... mas que são vividas. Sempre, no meu silêncio. Em mim. Em ti. No Nosso.

Um comentário:

Lou disse...

O texto foi escrito no dia 22 também...rsrs! Um grande abraço! Lou