Ao ficar com vontade de escrever sobre o Nosso, me dei conta do número da postagem... 222. Acho graça ainda e consigo me surpreender com as coincidências.
Esses dias depois de umas discussões, questões e avaliações, fiquei remoendo umas lembranças. Pensando no que seria, no que é. Em como será. Sempre que as coisas pareciam confusas essa tranquilidade de-nã0-sei-onde aparecia. Sublinhada com o 2, 22. Eram 22 hs quando ele ligou, quando eu mando um msn malcriado, 11:22. É bom notar essa permanência depois de se dizer cética. Em relação a uma série de coisas.
Eu sempre me surpreendo com o Juliano. Fico pensando uma vez que ele me disse que pra ele, eu era a sua primeira namorada. E ri - afinal namoradas é o que não faltou no currículo dele - achando essa fala uma mistura de quero-te-agradar com eu-não-sei-o-que-dizer. Mas depois, observando e comprovando o que ele insistentemente me dizia "ninguém nunca teve tanto de mim", me deixando perceber as sutilezas do que é ser a primeira namorada...
Engraçado como isso ainda me pega. Ontem mesmo, depois de fazer um melodrama por telefone, bancando a sabidona e a que sempre tem razão eu fui desmontada por essas demonstrações súbitas, inteiras dele. E mais que isso: ainda me admiro com a intensidade desse despojar-se dele. Para um sujeito fechado, com as suas crises e as necessidades de espaço e tal, mergulhar assim, do alto, causa estupefação.
O mais estranho é que essa constância de renovações e inteirezas fractais do Nosso ainda me deixam muda. Sempre fico achando que essas fissuras são profundas, que as coisas vão se abalar. Nesse sentido, a romântica aqui é a mais cética. Cega, pra ser mais precisa.
E sou surpreendida. Todos os dias. Nem sempre falo. Afinal, dizer nunca é mais fácil. São quase 4 anos. E toda vez que eu penso que a peça vai acabar uma platéia inteira dentro de mim aplaude esse artista. Que me encanta. Me faz rir, e me move. A melhor sensação é poder se surpreender num relacionamento. E se perceber diferente de duas horas atrás. De dias, de meses. De sempre. É deixar que a rotina traga uma constância desigual. Inteira.
Há pouco abri os emails. Sempre tem uma notinha ali. Uma mensagem no celular e essa coisa toda de (primeiros) namorados. Que fica. Que cresce. Que surge de dentro pra fora. Sem as prescrições de uma exigência mal compreendida. Gostei de acordar com esse corpo...
E por mais que o dia seja esse, outro, intenso, duro, cheio, mal, ou qualquer outra coisa que comprove meu ceticismo... é bom saber que as surpresas não tem aviso prévio. Que não se programam ou encomendam... mas que são vividas. Sempre, no meu silêncio. Em mim. Em ti. No Nosso.
terça-feira, julho 22, 2008
os 2...
Postado por Srta T às 2:57 PM
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
O texto foi escrito no dia 22 também...rsrs! Um grande abraço! Lou
Postar um comentário