Tenho refletido sobre a criação de um espaço profissional para os meus pensamentos. Não sei se é uma tentativa de organização ou se é mesmo uma maneira de focar os meus caóticos.
Ultimamente as relações de gênero tem sido o foco das minhas atenções - diga-se de passagem até na observação (semi)científica do meu casamento - o que me faz lembrar de alguns antropólogos americanos que ficaram propondo investigações e teorias sobre sua (e dos outros) inabilidade de conviver em grupo. Falava há pouco sobre o quanto me irrita sermos previsíveis. Talvez o mais irritante seja a possibilidade de sermos catalogados, etiquetados. Meu orgulho discorda desses procedimentos científicos, mas pelo jeito ele vai ter que se virar sozinho... enfim...
Semana passada eu estava falando nas minhas 5as séries sobre elementos importantes para a evolução humana. A convivência em grupo. No caminho de volta desliguei o som e fiquei observando como, em milhões de anos a gente é ainda frágil nesse quisito. Isso mesmo: frágil. Precisamos um do outro. Mas até que ponto só para os nossos próprios interesses... Ora, isso parece tão óbvio pensando em como procuramos emprego, amor, amizades. Fiquei frustrada...
Na sequência me lembrei de um ensinamento do Osho em que ele dizia que a gente cai de amor. Na gente mesmo. A gente cai porque não consegue viver sozinho. Por que fantasiamos pessoas e situações para sairmos da nossa dor. Queremos satisfação. Somos todos um bando de carentes grandes (ou o contrário...)
Eu tenho revisto alguns espisódios da minha vida. Prefiro pensar nela como um seriado em que o to be continued seja mais do que um recurso estilístico. Fico pensando porque decidi fazer História. Onde quero buscar respostas. O que faço com meu apego, com a dificuldade de conviver. De ser e de estar. Não serei eu a astronauta?
Me dá vontade de sumir nos meus foguetes espaciais... e não me reconhecer mais. Tem doído. E eu tenho tido vontade de fugir, pra longe, para qualquer lugar fora de mim. Talvez escrever sobre o trabalho me ajude. Ou talvez eu escorregue na própria armadilha...
segunda-feira, março 12, 2007
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Postado por Srta T às 8:29 AM
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