quarta-feira, março 21, 2007

Estou aqui de novo com vontade de escrever... perdi meu caderninho ontem na USP. Tantas coisas ali importantes... tão minhas. E a sensação de estar exposto. De verem o seu lado mais feio, mais humano. Sórdido.

E caiu ali, antes da aula de antropologia... que dor... uma sensação de que agora eu não pertenço nem mais a mim mesma. E meus segredos, medos, do mundo.

Fiquei fantasiando... será que alguém vai se dar ao trabalho de devolver? e para quem? jogar no lixo seria o melhor. O caderninho é uma resposta ao poema do Pessoa. Dói, mas humaniza.

Hoje cedo, lendo o evangelho... Dar a outra face. Estranho estar disposto a se desarmaar quando a única certeza que nos resta é a de que podemos nos defender. Um friozinho aqui.

Estou trabalhando tanto o meu desapego... deixei a moça flutuando no mar. Queria que ela levasse pro fundo o que escrevi naquele caderninho - povoado de lembranças tristes e amargura só minha. Que azedume. Não queria que provassem esse lado meu. Dá embrulhos no estômago. Mas... desapego... deixar de controlar... deixar pra lá. Deixe estar... ser... e não há nada a temer...

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