quarta-feira, março 28, 2007

me vendo de perto

Ok, levei as minhocas para passear no domingo. Nada tranquilo, mas vi que elas gostam do sol e de um gramado verde para descansar. Andei com elas pra procurar uma cerveja gelada. Estava quente demais e ninguém merecia aquele calorão!

Sentamos na praça, embora ainda faltasse muito tempo para o pôr do sol. Ficamos ali, observando as famílias, as crianças e os casais de namorados que se afagavam carinhosamente. Uma tarde tranquila aparentemente, exceto pelo fato de repetirmos - de novo - o mesmo assunto. Já me perguntei se elas saberiam o motivo de tantas perguntas.

3 cervejas e a coisa começava a ficar intensa. Eu, as minhocas, e a praça. Tudo ali muito simples, mas um desespero por dentro. E pior, pra quem gritar ali e pedir ajuda? 4a. cerveja. Caminhei, meio trilili. 5a. cerveja. Um telefonema para a Márcia, tentativa de socorro, mas a moça tinha acabado de se casar e ainda curtia o sonho da princesa. Dor... falei com ela e não consegui ser sincera. Liguei para a Clara, minha irmã, diversas vezes. Nada. Ocupada com o Congresso das fonos. Comecei a escrever e de súbito me deu uma vontade de fugir. Levantei acampamento quando percebi que estava quase perdendo a batalha para elas. Francamente, quanta fraqueza... mas passava e doía. Peguei o carro e me fui embora. Dei uma volta pela cidade, vendo o sol baixar, fui para lugares estranhos, em ruas desconhecidas que queria que me fossem familiares. E as lembranças e as dúvidas. Duvidar dói. Descartes esqueceu de mencionar isso. Machuca.

Fui parar num terreno conhecido. Antigo. Contei meia duzia de bobagens sobre meu passeio minhoquento, sobre a dor, a frustração e a vontade de fugir. Silêncio. Ela vai chorar. E ficou ali, horas, que nem criança... sozinha. No colo da mãe.

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