sexta-feira, março 23, 2007

Ontem eu saí do trabalho tomada por uma dose de sono que há tempos não sentia. Um cansaço. Meu. Com o coração apertado ficava me lembrando da Maria, que trabalha comigo em casa, pedindo dinheiro para trazer a irmã que passa fome no Nordeste.
E eu aqui chateadinha com vacilos dos meus irmãos. Me senti pequena. Agradecida à vida. E com vontade de resolver o problema do mundo...
Me recordei de todas as discussões sobre diferenças sociais e bla bla do capitalismo, a vidna dos nordestinos para São Paulo, etc e tal.
Dizia ao Juliano antes de dormir que o aprendizado da espera é o mais doloroso, mas o mais nosso, fica inscrustrado na alma depois. E como é difícil a gente desenvolver a tal da paciência. Nem sei onde anda a minha... se perde dentro de mim e demoro para encontrá-la.
Queria poder dizer mais, da inquietação, da injustiça. Das coisas que vi no caminho de casa. Os adolescentes fazando malabares na rua. Pedindo, vendendo. Voltei com o coração apertado. Esperando...

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