domingo, março 18, 2007

bola de meia, bola de gude... e um dente.

Engraçado como são as "coincidências" da vida.
Essa semana me deparei com uma das mais bizarras situações na vida escolar. Daria pra escrever um conto de terror ou ainda uma comédia trash... Tudo isso depois de filosofar horas com um amigo sobre os poréns do futebol. Feminismos e feministas à parte, claro.

Fiquei a semana sem conexão com a internet e quase maluca pra não esquecer de registrar esses "pequenos incidentes"...

Início de semana, os meninos iam jogar bola. Escondidos, claro. Já que a disposição do espaço do colégio, apesar de grande, não permite que aconteçam jogos de bola. E o mais engraçado é que quando se é adolescente, o proibido só tem conotações pessoais. Pois bem. Enfrentando as ameaças do perigo, os garotos se aventuraram a jogar bola - num esquema que faria qualquer serviço de inteligência tremer de medo.

Um grupo de adolescentes de todas as idades - pequenos e grandes - mas envolvidos nessa coisa - tipicamente masculina - de disputa de força física e habilidade. A cada dia vejo que as aulas sobre evolução humana estão sendo aproveitadas mais por mim do que pelas crianças. O jogo de futebol se transformara ali, naquele lugar recôndido , num palco de lutas e cooperação. Pena Darwin não ter tido tempo de experimentar a sua teoria nos campos... Mas, sim. Cooperação entre machos em desenvolvimento é fundamental. À primeira ameaça de uma fêmea ou macho mais velhos se aproximarem de sua aventura eles precisariam correr. E muito. Fugir não era apenas uma solução, mas escapar sem deixar vestígios e sem ser visto. Isso é bastante facilitado - e eles sabem - pelo fato de usarem uniformes e por nós, adultos, acharmos que "todos os adolescentes são iguais". Campanhas feitas na área militar demonstram que o inimigo sempre deve conhecer de perto seu adversário. Napoleão já dizia, no amor, como na guerra, para se vencer é preciso ver de perto.

No entanto a frase foi levada a sério pelos garotos. Numa disputa clássica de bola, dessas que a gente se pega, se bate, se mata, mas tudo é "na esportiva", um dos meninos deu uma cabeçada na boca do outro. Ouviu-se o estrondo e...! Correr. Era a única coisa que restava antes que a situação desse alardes demais e deletasse o grupo. Num instante não se via nada ali. E como num campo de batalha mesmo, o coitadinho da cabeça arrebentada, da 6a. série jazia ali. Os granddalhões das outras classes nem se deram ao trabalho. Soldado ferido é soldado morto. Atrasa o grupo.
Instantes depois o menino foi socorrido. Levaram-no à enfermaria para fazer um curativo. Sangrava bastante. Foi interrogado para saber quem era o causador de tudo aquilo. Não sabia. Claro que não. Um nome que em meio a milhares não tirava o moço do anonimato.

Mas o pior estava por vir. A enfermeira escavando o ferimento encontra um vestígio que denunciaria o agente. Um dente. Isso mesmo. Um dente dentro da cabeça do menino. A escola entrou em desespero e começaria a saga para encontrar o dono do dente. Isso não seria complicado já que a troca da dentição do garoto tinha acontecido anos antes. Ninguém é banguela aos 14 anos...

Nada. Não se achava naquele universo o dono do dente. Parecia um episódio do CSI. Horas mais tarde. Um telefonema. A mãe. "Boa tarde, estou ligando porque meu filho perdeu o dente". Ok. Calma. Tudo seria resolvido "Pois não, senhora, temos o dente do seu filho". "Ele precisa logo para fazer o reimplante". "Não se preocupe, estamos encaminhando.". "Obrigada... ah, mas são dois..."

6 comentários:

Anônimo disse...

Essa é pra contar pros netos!

Trovador disse...

hahahahaahahahhahahahahahahahahahahahahahah


...

quando parar de rir comento!!

Unknown disse...

Muito bom....

Unknown disse...

HAHAHAHA
Muito bom...

Anônimo disse...

Ok, isso prova a minha teoria de que as crianças podem ser realmente bizarras hehehehehehehe

Marcelo disse...

Eu falo que futebol é perigoso e pode até matar ... hahahaha
Como dizia um amigo meu criança boa é criança morta ... hahahaha
De qq forma essa vai sim ser contada pros netos ... não os meus pq depois disso fiquei com menos vontade ainda de ter filhos, quanto mais netos ... hahahaha